Muito provavelmente você já ouviu falar de autoestima inúmeras vezes. Talvez você tenha uma boa autoestima ou uma baixa autoestima, mas você sabe como é construída essa estima por si mesma na prática? Hoje o assunto é sobre os pilares da autoestima e como equilibrar tudo isso.
Começando pelo básico, a autoestima é “a qualidade de quem se valoriza, se contenta com seu modo de ser e demonstra, consequentemente, confiança em seus atos e julgamentos” (Oxford Languages). De maneira mais prática e direta, a autoestima é como você mesma construiu sua própria imagem sobre você.
Para aprofundar melhor esse conceito, separamos um vídeo da Dra. Ana Beatriz Barbosa Silva e do Dr. Alex Rocha bem completinho sobre o assunto e como isso é construído desde a nossa infância - você pode conferir ele clicando aqui. Mas, resumidamente, a ideia é que para que esse conceito de nós mesmos seja sólido, ele tem que ser construído com base nos nossos talentos naturais, pois, se for algo forçado, ele tende a ser muito frágil.
Dito isso, também apresentamos os pilares citados pelo psicólogo Walter Riso, em seu livro “Apaixone-se Por Si Mesmo”, que constrói uma autoestima equilibrada. São eles:
- Autoconceito
O autoconceito é, como o nome já sugere, o conceito que nós atribuímos a nós mesmos, o que pensamos de nós mesmos. Seja ele com base em um valor próprio ou com base em julgamentos alheios que começam a se tornar verdade para nós também. Isso se aplica para coisas boas e ruins, positivas e negativas. Esse conceito engloba uma visão de como fazemos, como somos, como nos comportamos e assim por diante.
- Autoimagem
Já a autoimagem é uma ideia parecida, porém relacionada à imagem - como você se enxerga e se descreve, não apenas sobre aparência, mas como um todo. Apesar de o aspecto físico ser um dos principais, devido a uma construção social muito focada em padrão de beleza e coisas relacionadas. Isso também pode ser com base em um valor próprio ou com base em julgamentos alheios e as influências externas podem influenciar muito no seu conceito de bom/ruim, positivo/negativo e feio/bonito. Isso porque esses conceitos não são absolutos e, sim, relativos - o que um acha, o outro pode não achar. Além de irem mudando com o passar do tempo.
- Auto reforço
Agora, o auto reforço é tudo aquilo que você reforça sobre nós, ou seja, tudo que você demonstra para você mesmo. Seja um pensamento, um cuidado, um conceito… Esse tópico é sobre sua validação interna baseada na sua capacidade de se elogiar, se cuidar e se recompensar. Quando isso está desequilibrado, pode ser que você não consiga enxergar seus feitos e qualidades de maneira positiva, achando que você não é digna de algo.
- Autoeficácia
Por fim, a autoeficácia é o quanto você confia em si mesmo, o quanto você consegue ter convicção que você consegue fazer, agir, pensar, executar. Aqui, as questões não são, necessariamente, baseadas em fatos e, sim, em um achismo e em uma falta de objetividade - o famoso “nunca tentei, mas não vou conseguir”. Para melhorar esse pilar, é essencial se permitir pelo menos tentar.
Claro que esses pilares são um ótimo guia, mas o objetivo aqui não é ser excelente em todos eles e sim ter uma visão realista sobre cada um. Entender que existem altos e baixos e, principalmente, que você tem qualidade e defeitos e isso te faz você. O equilíbrio é a chave: você enxerga suas qualidades e reconhece elas, mas também enxerga seus defeitos e pontos para melhorar.
Construir uma autoestima estável não é uma tarefa fácil e é um trabalho contínuo. Haverá dias ruins e dias bons. Porém, o mais importante é você entender o seu valor e resgatar ele sempre, em todas as áreas. Se permitir também é importantíssimo - assim, conseguimos conhecer várias versões de nós mesmos e evoluir a cada descoberta.
*todo esse texto foi baseado nos vídeos da psicóloga Gabriela Affonso: Os Pilares da Autoestima Parte 1 e Parte 2. Confira para um conteúdo mais aprofundado.
11/08/2022
Mylena Freire